5 sinais de que a dívida bancária ameaça a recuperação financeira da sua empresa

jul 14, 2025 | Recuperacao Financeira

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Nota rápida

Quando falamos em recuperação financeira, incluímos todo o espectro de soluções — da renegociação administrativa à recuperação judicial prevista na Lei 11.101/2005. A ideia é restaurar o fluxo de caixa no menor tempo possível, pelo caminho mais eficiente.


Por que este assunto é urgente

Em 2024, 2 273 empresas recorreram a soluções de crise — a maior parte em estágio avançado de endividamento. O motivo mais citado foi dívida bancária fora de controle, alimentada por juros altos (Selic 13,75 %) e crédito restrito. Se o seu negócio depende de capital de giro financiado por bancos, ignorar sinais precoces pode comprometer sua recuperação financeira e empurrar a empresa para a via judicial.

A seguir, apresentamos cinco indicadores práticos que usamos em diagnósticos para detectar quando o passivo financeiro ameaça a sobrevivência do negócio, viabilizando sua recuperação financeira.


1. Serviço da dívida > 80 % do EBITDA

Quando o somatório de juros + amortizações ultrapassa 80 % do EBITDA, a geração de caixa operacional deixa de cobrir o custo financeiro. Na prática, a companhia paga banco usando banco, elevando o risco de default.

Exemplo: Empresa de logística com EBITDA de R$ 1,5 mi/ano e despesa financeira de R$ 1,3 mi (86 %). Em 9 meses precisou tomar capital de giro emergencial a 2,9 % a.m., acelerando a crise que culminou na RJ (case real, 2023).

Como agir: renegociar prazos, alongar perfil da dívida e avaliar medidas cautelares preventivas antes da inadimplência.


2. Atraso > 60 dias com 2 ou mais bancos

Se dois credores distintos já registram parcelas vencidas há mais de 60 dias, o sinal é duplo:

  1. Rating interno do banco rebaixa sua empresa, encarecendo futuros limites;
  2. Cross default dispara — a inadimplência com um credor acelera cobrança nos demais contratos.

Como agir: mapear contratos com covenants, priorizar bancos com garantias reais para negociação administrativa e evitar bloqueios de conta.


3. Exigência de garantias adicionais em plena vigência do contrato

Solicitações de margem colateral, cessão fiduciária ou reforço de hipoteca no meio do jogo indicam que o banco já projetou default no seu score interno.

Bancos não pedem mais garantia por capricho; é reação algorítmica ao aumento do seu risco.

Como agir: apresentar plano de estabilização com fluxo de caixa prospectivo e, se necessário, medida cautelar empresarial para suspender execuções e ganhar tempo de negociação (tema do próximo artigo 👀).


4. Covenants de alavancagem quebrados há 2 trimestres consecutivos

Contratos de dívida corporativa costumam fixar limites, por exemplo: Dívida Líquida / EBITDA ≤ 3×. Quebrar o covenant em dois trimestres seguidos dá ao banco o direito de vencimento antecipado. Mesmo que ele ainda não execute, a espada está pendurada.

Como agir: iniciar diálogo formal com o agente fiduciário, preparar aditivo contratual ou considerar negociação coletiva via mediação empresarial.


5. Fornecedores estratégicos passaram a vender somente à vista

Quando parceiros que tradicionalmente concediam 30/45 dias passam a exigir pagamento à vista, o mercado percebeu seu stress de caixa antes de você. Além de corroer capital de giro, o movimento revela deterioração da sua confiança sistêmica.

Como agir: comunicar-se abertamente, apresentar plano emergencial de tesouraria, e considerar soluções jurídicas para proteger fluxo operacional.


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Próximos passos – recupere até 60 dias de fôlego

No próximo artigo mostraremos como negociar dívidas bancárias para conquistar 60 dias de respiro — etapa essencial da sua recuperação financeira antes de qualquer medida judicial. Assine a newsletter para receber assim que sair.


Referências

  1. Serasa Experian – Indicador de Recuperações, Fev/2025.

Aviso legal: Conteúdo informativo; não substitui consultoria jurídica individualizada.


Lima Advogados • Núcleo de Reestruturação & Insolvência